Formação em prótese ocular
Faculdade de Medicina da Universidade Eduardo Mondlane
Maputo, Moçambique
Com este curso, não só poderei melhorar a vida da minha família exercendo uma nova profissão, mas também espero devolver aos meus pacientes a aparência que tinham antes de perderem a vista e, sobretudo, a sua autoestima. O nosso trabalho ajuda-os a sentirem-se melhor. A perspetiva de servir o meu povo desta forma deixa-me muito feliz.
Felizardo Felex Pinto,
estagiário de próteses oftálmicas
Porquê uma formação em prótese ocular?
Completar a formação em oculoplastia e permitir o tratamento integral dos doentes: na África subsariana, as pessoas afectadas por tumores orbitários chegam frequentemente às consultas em estado tão avançado que o olho é retirado para salvar a vida. Após a operação, os danos estéticos são de tal ordem que só uma prótese idêntica ao olho que foi retirado permite a estas pessoas recuperar um certo grau de normalidade.
Não existe uma qualificação em prótese ocular propriamente dita, pois trata-se de um ofício que se transmite de geração em geração. Na OCULARIS, orgulhamo-nos de ter formadores da família LAISECA, pioneira em Espanha desde meados do século XIX. O seu primeiro prémio pelo seu trabalho data da Exposição Universal de Paris de 1889.
Desenvolvimento da formação
Esta formação é desenvolvida em paralelo com a subespecialização em Oculoplastia, uma vez que as duas disciplinas são complementares. O oftalmologista e o protésico devem trabalhar em conjunto para fornecer aos seus pacientes as próteses mais adaptadas à sua morfologia.
OBJECTIVO 1:
COLOCAÇÃO DE PRÓTESES
Formação de base do pessoal técnico das diferentes regiões do país: saber adaptar uma prótese pré-fabricada ao olho de cada paciente para obter um resultado o mais natural possível.
OBJEcTIVO 2:
FABRICO DE PRÓTESES
Formação mais avançada de um técnico do Hospital Central de Maputo para poder fabricar de raiz uma prótese à medida. Isto permitir-lhe-á tornar-se o primeiro formador nacional.
OBJEcTIVO 3:
FABRICO DE EPÍTESES/PRÓTESES FACIAIS
Trata-se de um tipo de prótese mais complexo: substitui o olho, mas também a pálpebra ou parte do rosto. Para além de reproduzir com exatidão o tom de pele e os traços do rosto, a prótese tem de se adaptar perfeitamente para evitar o desconforto e a irritação. Por este motivo, é essencial que os oftalmologistas e os protésicos trabalhem em conjunto.
